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domingo, 16 de janeiro de 2011

OTON ALENCAR - A morte não é o fim de tudo


Tenho a mania de ler o que está escrito nos túmulos dos cemitérios. Em 90% está escrito na lápide a data de nascimento e a do falecimento, seguido dos dizeres: Aqui jazem os restos mortais de fulano de tal. A palavra "jaz" e a conjugação do verbo "jazer" na terceira pessoa do singular. Jazer significa: estar deitado no chão ou num leito; estar sepultado; permanecer, encontrar-se. Ler-se muito: "Aqui "jaz" os restos mortais de um herói. A concordância tem que ser observada.
Deixando pra lá essas particularidade gramaticais, quero falar dos epitáfios escritos sobre os túmulos.
Veja o que famosos escritores escreveram sobre a morte.
Se mais amiúde pensasses na morte do que na duração da vida, sem dúvida, te emendarias com mais fervor. Há sempre um murmúrio de oração nos ciprestes que velam as campas solitárias.
A vida tem duas vidas: uma inicia-se após sermos gerados, a outra após a morte. Aqui não jaz o meu corpo. Apenas o dedo de Deus me tocou e eu adormeci.
A morte é o sinal de igualdade na equação da vida. Trabalha como se tivesse de morrer amanhã.
O corpo que morre é como um frasco de fina essência que se quebra, deixando a casa por muito tempo impregnado de aroma, até que tudo vai se desvanecendo ficando apenas a saudade, que é a memória do coração.
A morte é, o clarão da esperança, um pórtico enflorado de promessas de ventura, e ponte a ligar os dois misteriosos continentes da vida. A morte não é um simples ponto final, mas apenas uma vírgula na história da vida. Cada instante da vida é um passo para a morte.
Assim, nascer é começar a morrer. O lamento lúgubre de nossa pulsação, reverberando pelo aparelho circulatório, parece segredar: "mais perto de morrer!", "mais perto de morrer!" A morte é o princípio da vida que não termina na morte. A morte é o prenúncio de vida. Morremos para que não voltemos a morrer.
O meu túmulo não é um beco sem saída; ao contrário, é uma larga avenida, fechada no crepúsculo e aberta na aurora. Com a morte, começa a verdadeira vida em outra dimensão.
A morte é a vida depois da vida. A morte não aniquila o homem, o que aniquila o homem é uma vida derrotada. A morte para o justo é o prenúncio da transposição dos portais da eternidade. A morte é o término do ciclo de vida do corpo físico. É o inicio da vida eterna na dimensão espiritual.
A morte nos acompanha em todos os passos da vida. Na eternidade ela nos abandonará.
Um dia a morte vai morrer. Para que muitos vivam sem provar a morte.
Com a morte, não acaba tudo. Começa uma nova vida. Viva hoje, como se fosse morrer amanhã. Precisamos morrer para nascer na vida eterna. Quem nasce, morre, quem vive, renasce.
A morte é o encontro com a vida na eternidade.
A dor do que morre, é menor do que a dor dos que ficam.
Se a morte fosse o fim de tudo, seríamos os mais miseráveis dos seres vivos.
Se não sabemos quando o fio de prata se romperá, vivamos a vida bondosamente. São Paulo disse: Para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho. Vivamos uma vida de dignidade. Quando morrermos, possamos deixar nossas pegadas, que outros possam trilhar sem se envergonharem.
Bem Aventurados os que desde agora morrem no Senhor. Para que descansem dos seus trabalhos e suas obras o acompanhem.
Com a morte a luz do corpo físico se apaga, para acender a luz que guiará a alma na eternidade.


*Professor, Especialista em Educação, bioquímico,
Advogado e Pastor Evangélico.
E-mail:otonaracy@uol.com.br


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